quinta-feira, 4 de outubro de 2012


 
RECADO DA MORTE

 
Bom dia, ser vivente! Que seja, este, para ti, um bom dia!

Tranquiliza-te! Por enquanto, passo, apenas, dirigindo-me a outro endereço. Não é hoje, para ti, o dia da minha visita - o que não deve te iludir a respeito da única verdade que, no lugar e espaço onde te encontras, é inevitável: nalgum momento eu virei!

Não sabes quando e onde eu virei; melhor que não o saibas! Tens muito o que fazer durante o teu tempo de estadia por aqui. No entanto, eu sei! Conheço-te, melhor do que tu mesmo - e bem sei a hora, dia, mes e ano da tua despedida!

Mas não te direi... Porque de nenhuma utilidade se mostra esta revelação, para o usufruto bem sucedido da tua rápida permanência neste mundo! Todavia, permite-me, nesta breve passagem por este teu endereço transitório, alertar-te a respeito de algumas realidades importantes que, convenientemente, esqueces - de modo que a forma como te comportas sobre elas pode vir a te complicar ou te ajudar, no dia da minha visita!

Lembra-te: nada és, da forma definitiva como supões, como criança necessitada de alegrar o próprio ego!
Teu passeio por este mundo não é de duração indefinida - portanto, absolutamente nada a que se condiciona a tua permanência nesta breve jornada haverás de reter, ou de guardar numa bolsa de ouro, para carregares à tua próxima parada a título de cartão de visita!

Em absoluto, não te enganes acerca da absoluta inutilidade destes teus então valiosos pertences!
Não és, portanto, teus títulos universitários, honoríficos, políticos ou sociais! Não carregarás para tua próxima morada tuas residências suntuosas, lustrosas, decoradas com utensílios de luxo e de valor secular, adquidos em leilões ou joalherias, para tentativa de convencer quem quer que seja acerca da validade dos teus julgamentos de valor, tecidos convenientemente a respeito de vós próprios.

Nos lugares de onde venho, e pelos quais passo, deixando os que abandonam o mundo da matéria ilusória todos os dias, a casa nem sempre diz do dono; nem as vestes dizem daqueles a quem vestem! Aliás, bem comum que, em inúmeras vezes, funcionem as vestes e as casas como disfarces mal engendrados, porque, na vossa futura estadia, ser vivente, mais não serás do que pura e simplesmente isto: um ser vivente!

E o mero ser vivente não difere dos demais, senão que pela autenticidade de intenção, pela transperência do caráter, pela qualidade da atitude, do pensamento e do sentimento, que, naqueles lugares, não são disfarçáveis por debaixo dos brilhos ofuscantes das coisas que o vil metal proporciona! Tua instrução, pois, no teu futuro destino, de nada servirá, se quanto a ele não demonstrares valor em ações úteis em favor da tua e da vida de quem te cerca!


Não conseguirás te vestir como autoridade ou como príncipe, se tuas atitudes e pensamentos forem as de um miserável velhaco, perante a abundância de recursos da vida, que não te pertencem somente - mas a toda a composição do Universo, de modo, ser vivente, que te será útil, desde já, entender que, uma vez que não criaste nada, não és dono de nada, e que apenas usufruís, zelas, quando muito transformas e guardas contigo, por períodos de tempo, algumas poucas coisas!

No lugar eterno para onde hei de te levar, serás compelido a entender, de modo melhor ou pior conforme o tiveres antecipado enquanto ainda na Terra, que palavras também não são tua realidade, sem que reflitam exemplo! Nem atitudes, que visem somente o teu bem próprio, e nem artifícios de comportamento, encenados para iludir os tolos de molde a se impressionarem sempre com o espalhafato das cores fortes, características dos grandiosos, mas fugazes cenários materiais terrenos!

Bem mais impressionarás, no teu futuro destino, em demonstração de valor, ao cultivares com amor e verdade o arbusto de margaridas de um jardim esquecido, do que bajulando, com ares de subserviência, os expoentes transitórios do poder temporal, visando extrair vantagens próprias, como muitos de vós se adestraram em fazer, para bem se sairem na competitividade obscura dos interesses materiais mesquinhos, que vos oferecem excessos de conforto físico, mas aridez e vazio de alma!

Ser vivente! Aproveito minha passagem rápida, para advertir-te e prevenir-te, a fim de que, quando afinal tiveres, por força, que me acompanhar, não entres em agonia, devido a tua própria ilusão e cegueira: a luz de dentro há de irradiar, através tanto de mantos reais, quanto das vestes modestas do serviçal mais obscuro em atividade na tua época de transtornos e de aparências - desde que cultivada com a verdade maior de todas as eras, e não com falácias alimentadas a respeito de ti próprio!

No teu caixão, ser vivente, não haverá gavetas! Os que te receberão, o farão com justiça, e em relação a alguém que chega tão despido de tudo quanto na época em que foste conduzido, frágil e em completo desamparo, para braços sobre os quais não detinhas certeza consciente de que bem o acolheriam ou protegeriam, ou não... Não levarás roupas de grife, carros do ano; holofotes, castelos, mansões ou cartões bancários; títulos de chefia, contas fartas do vil metal; nem cursos de idiomas, MBAs, doutorados e mestrados; e nem mesmo os seres que amais, de acordo com as tuas maiores afinidades ou interesses!
Não serás, portanto, frente os que te receberão, mais nem menos segundo os teus orgulhosos parâmetros! Assim, a cada dia, faça por onde reajustar tua noção de realidade a respeito de ti próprio, e os teus pensamentos, atitudes, e sentimentos!


Porque, quando enfim te buscar, o conduzirei, com justeza, para o único lugar condizente com o que és: para as companhias e abrigos que tu mesmo elegeste, e auxiliaste a atrair, com as tuas maiores ou menores afinidades pela luz , ou pelas sombras enganadoras da Vida! A generosidade do teu próximo destino será, assim, ser vivente, o espelho daquela com que consideraste a realidade não somente para aquilo que te serve - mas, principalmente, conforme o modo com que o enxergaste para todos os demais!

E isto diz respeito a se ver, de vontade própria, ou encarcerado e escravizado entre as paredes obscuras do egoísmo, ou ser desde sempre liberto, e herdar a abundância generosa da vida presente em todo o Universo criado pela magnanimidade de Deus!

Por Iohan

terça-feira, 3 de julho de 2012

O DESCONHECIDO QUE ASSUSTA

O DESCONHECIDO QUE ASSUSTA



"- Filha, quer provar este bolinho de milho? É uma delícia!; - Ah, não, não gosto!; - Não gosta como?! Você já comeu?...; - Não!; - Então, como não gosta?!..."

Diálogo com minha filha, aos cinco anos de idade.

O episódio não é apenas típico da faixa etária infantil, mas ilustra com bastante clareza um curioso dispositivo de defesa do psiquismo humano contra o novo! Contra tudo o que o desloca de sua zona de conforto para correr riscos, para experimentar mudanças, que, ao contrário do que teme, podem nos presentear com belas surpresas e descobertas durante a vida. Com renovação, com exploração, com aquela impagável sensação de se maravilhar que o Universo nos reserva para abrilhantar a nossa jornada existencial.

Ultimamente venho constatando a mesma peculiaridade durante os meus estudos de música. Aliás - pausa para agradecer a Deus a oportunidade de retomar meus estudos de música! Quantos universos dentro de universos vamos descobrindo! Quantas novas dimensões, outras percepções, que nos descortinam todo um modo insuspeitado de se compreender algo à primeira vista tão simples quanto uma bela melodia!

Não teço o comentário a conta de crítica, porque é bem possível que até pouco tempo atrás, e resguardadas as devidas proporções, eu também me comportasse assim, sem a mínima consciência de que o que me faltava para a mudança de paradigmas era apenas um sentido a mais! O apuro sensorial da audição bem treinada, que desvela toda uma gama de nuances despercebida por quem somente "ouve" músicas, sem a chance de acessar o seu pano de fundo, a história por detrás da história; o enredo por detrás da construção, o contexto de época; enfim, toda uma vasta rede de influências que determinam determinada composição clássica, dentre as muitas obras primas que nos foram legadas pelos grandes mestres de todos os tempos!

Converso com pessoas - entusiasmada do que venho aprendendo durante as aulas de violino, - e, às vezes, cito composições e autores magníficos de quem venho atualmente conhecendo melhor o repertório, por força do estudo, do interesse, dos detalhes técnicos com que vem me presenteando meu excelente professor do Conservatório. E, para freio do meu entusiasmo, por vezes deparo comentários alegando se achar obras como as de Bach chatas, desinteressantes, monótonas. E então, a pessoa em questão cita outros autores e músicas mais populares do clássico ligeiro que preferem, e que, de fato, são belíssimas! Todavia, se evidencia naquele posicionamento fenômeno psicológico correlato ao descrito no começo deste artigo: se pergunto ao interlocutor em questão se já se dignou a prestar atenção em determinadas composições que lhe são desconhecidas de Vivaldi, Corelli, ou do próprio Bach - um dos grandes, unanimidade mundial nos repertórios da música erudita - ouvirei um simples não! Sem que sequer se considere que para desmerecer ou criticar qualquer coisa precisamos, antes, nos familiarizar; conhecer o tema sobre o qual se fala!

E quando argumento assim, procurando manter a civilidade do debate, via de regra ouço de volta uma banalização simplista da questão, - "Ah, isto é questão de gosto! É o seu gosto, não o meu!" - caracterizando esta reação, antes, um esforço para se encerrar um diálogo aborrecido, visto que não se deseja, ali, desalojar-se de sua zona de conforto para pelo menos dar ao assunto em pauta - no caso a música - uma chance de ser melhor conhecido, compreendido em consequência, ampliando-se assim, prazerosamente, o nosso deleite com algo tão gratificante quanto a música, com o seu infinito repertório de benefícios pessoais!

Invariavelmente, neste ponto, respeito o posicionamento alheio e, embora por vezes cite, sugestivamente, o caso da minha filha, muito comum entre os pequenos, faço por onde desviar a conversa para outras frivolidades que preservem a qualidade da convivência.

Cabe-me compreender que trata-se tão somente da falta de oportunidades de que eu mesma padecia tempos atrás, para me familiarizar melhor com a dimensão profilática de um tipo de música de um outro mundo, cuja apreciação e compreensão exige, primeiro, uma inclinação natural para o assunto; e segundo, o estudo sincero e devotado, que nos explique contexto e modo de criação próprios das histórias de vida de cada um destes compositores, bem como das circunstâncias nas quais viveram.

Cultura e educação musical. Não mais que isso. E, uma vez adquirindo-as, não seremos ameaçados na renovação cultural mais ampliada, mas só presenteados! Crescemos - em todos os possíveis sentidos, mas principalmente no espiritual! E é no terreno espiritual, como não poderia deixar de ser, que se observa o mesmo tipo de reação defensiva da parte de muitos!

Desde os séculos findos os seres de vanguarda que interagiram com as múltiplas dimensões da vida invisível aos sentidos materiais ordinários pagaram o preço amargo de serem considerados loucos ou extravagantes pela simples razão de ver, sentir, ou pressentir este universo muito mais vasto, sutil - sobretudo real, prenhe de vida e movimento em volta de nós! Há dias comentei o mesmo noutro texto, no qual exemplifiquei com a própria música, mencionando que ao estudarmos um instrumento apuramos um sentido auditivo a mais, antes adormecido para captar nuances de acordes e de entonação para os quais éramos necessariamente surdos. Eis, portanto, também aí, a padronização das reações humanas, no que se relaciona a este importante tópico de nossas existências: a realidade maior de nossas vidas! O que somos, em essência, e o que nos aguardará após a curta passagem pela vida material, assunto que, em última instância, interessa diretamente a todos nós!

Conhece a interação entre as dimensões espiritual e material da vida? "Não, não gosto e não acredito", como ouvi certa vez de uma leitora. Mas, nem por curiosidade procura entender?! "Não, isto é coisa de demente!"...

No fim, o desconhecido que assusta - o simples bolinho de milho, oferecido outrora à minha filha.

Rejeitando-o, filtramos a maior influência da Luz nos nossos dias!

quinta-feira, 14 de junho de 2012




SOBRE O ESPÍRITO IOHAN


Boa noite a todos.

Nos artigos dos últimos meses, tenho me referido com frequência ao autor dos próximos romances mediúnicos - dentre eles, o já lançado no decorrer de abril último, Sonata ao Amor - o Espírito Iohan.

Ilustro, portanto, o presente texto com a magnífica gravura mediúnica feita pela canalizadora Rosa Teubl, que lhe reproduz com grande fidelidade os traços - e em especial o olhar, de grande magnetismo! Rosa foi também responsável pelo maravilhoso trabalho anterior de mesmo teor, feito para retratar o meu mentor desencarnado, Caio Fábio Quinto, e autor de vários dos nossos livros anteriores já publicados e do conhecimento do leitor habitual de nossas obras e artigos.

Iohan foi-me apresentado por Caio no decorrer do ano passado, em período no qual, tendo encerrado um ciclo de sete livros consecutivos no qual foram narradas várias reencarnações deste último, a maior parte ambientada na antiguidade italiana, dedicava-me a ensaios mediúnicos consecutivos, nos quais foram apresentados novos amigos das dimensões invisíveis, interessados em colaborar com a agradável tarefa literária espírita à qual nos dedicamos em regime de parceria, em decorrência da qual já vieram a público os romances Amparadores do Invisível, de autoria conjunta de Caio com o Espírito Marcus Licínio, e também Ecos na Eternidade, do Espírito Tarsila.

Iohan apareceu, assim, e de modo algo inesperado, no mes de outubro do ano anterior, surpreendendo-me a forma pela qual a empatia de ordem fluídica, em seu caso, deu-se em relação a mim de forma instantânea, extrema e forte, e de dentro de iniludível urgência, de vez que o seu livro foi concluído no tempo recorde de pouco mais de um mês, fato nunca anteriormente desta forma acontecido!

Trata-se atualmente, esta querida alma, de um habitante das dimensões invisíveis, vivendo em regiões mais depuradas ao redor da Terra, onde se dedica, hoje, a auxiliar seres de seu círculo afetivo ainda presentes na materialidade, e também em exercer atividades que se compatibilizam com o que retrata com maior fidelidade a sua melhor essência íntima: a de um artista, de vez que, vivendo repetidas vezes em países do Reino Unido - e, na última existência descrita em Sonata ao Amor, tendo nascido no País de Gales - em variadas oportunidades reencarnou nestes lugares vivendo como músico, violinista, maestro, ou professor de música.

Após uma existência decorrida nestes moldes nas décadas finais do século XVIII, ainda a ser narrada, Iohan vivenciou experiências mais recentes na matéria, e de teor especialmente sofrido durante a sua última jornada material, em virtude de ter contraído uma moléstia grave. Estes acontecimentos são narrados no mencionado romance, publicado nas últimas semanas, que descreve os seus sofrimentos e provações mais ríspidas, bem como a participação importante, no contexto destes fatos, de uma alma que representa, desde há vários séculos na sua trajetória de vida, e segundo suas próprias palavras, uma sua "outra metade" - uma cônjuge espiritual, por quem não esconde nutrir amor autêntico e extremo!

Seus trabalhos literários delineiam-se, deste modo, basicamente objetivando, com prioridade, a dedicação grata quanto intrinsecamente amorosa para com alguém que lhe é estimada de modo especial, e que lhe valeu, especialmente nesta última experiência, como autêntico anjo tutelar! Mas Iohan visa também a intenção abnegada de exemplificar, aos ainda reencarnados que tomem conhecimento das suas vivências, que durante os nossos desafios na vida corpórea nunca nos achamos desenganados das melhores oportunidades de renovação, quando atravessamos aqueles momentos mais desesperadores da nossa caminhada - pois sempre contaremos com as surpresas luminosas com que a Providência nos incentiva a persistir e a acreditar num amanhã de felicidade plena, colocando em nossos rumos acontecimentos surpreendentes, recursos, e, sobretudo, pessoas, que virão nos demonstrar e comprovar o supremo poder motivador e reconfortador do amor nos nossos esforços de reconstrução de um futuro melhor, a cada hora de nossos dias!


quarta-feira, 18 de abril de 2012

SONATA AO AMOR



O ROMANTISMO DO RIO DE JANEIRO DAS DÉCADAS PASSADAS...

...E A MÚSICA CLÁSSICA!

SONATA AO AMOR

ROMANCE DO ESPÍRITO IOHAN
PELA PSICOGRAFIA DE CHRISTINA NUNES

EMOCIONE-SE COM ESTA HISTÓRIA, ONDE UMA INTENSA PAIXÃO SUPERA PRECONCEITOS, E UNE DUAS ALMAS VINCULADAS POR UM AMOR SECULAR!


Uma publicação da Lúmen Editorial
Em breve nas melhores livrarias do país.



quarta-feira, 4 de abril de 2012

MENSAGEM DE UM ARTISTA*



violinoluz



"Pudesse imaginar, enquanto permanecia dentre os que surgem nos cenários da matéria, para pouco depois retornarem de viagem à vida verdadeira, que as maiores criações artísticas, irradiando luz nos cenários humanos, embevecendo espíritos, inspirando e instruindo, possuíam o seu manancial neste outro mundo, fonte primeira de toda realização...
Se ao menos me ocorresse donde a ideia iluminada; das origens dos talentos, das composições, e dos dons; da fonte de toda obra prima, reveladora da grande extensão da trajetória, a cobrar-nos humildade, paciência, e perseverança para cada passo e cada realização...
Adivinhasse o tanto de gratidão que se pediria para com o muito que somos auxiliados, aconselhados e apoiados por amigos despercebidos de nossos sentidos mais grosseiros, nos instantes de incerteza, de insegurança e de hesitações... De vacilações para com o nosso potencial e os nossos mais valiosos compromissos, e para com a nossa capacidade mais objetiva de materializar, à luz do dia, os nossos sonhos...
Compreendesse a tempo que jamais seguimos sós, e que é, a Vida, uma sucessão infindável de encontros e de reencontros nunca destituídos de propósitos benéficos em favor de todos, sabendo reconhecer em cada qual um insuspeitado professor...
Lidando com música e criação, e julgando extrair de fugazes instantes de virtuosismo o máximo concebível das maravilhas com que a Arte seduz a tantos - sem supor das extensões estonteantes das quais brotam todos os regatos de cores, de sons e de luz, destinados a nutrir-se do infindável Oceano...
Durante este tempo fugaz, sem entrever causas e estradas pregressas, e pecando por cegueira, ufanismo e presunção - ainda assim, hoje e agora, descerra-me, a Vida abençoada, a completude maior de tudo! Os começos, meios e fins das minhas muitas histórias. A justificativa de cada lágrima, de cada sorriso e de cada ato, nos palcos da existência. A noção perfeita de cada ser e cada coisa em seu lugar, como execução sublime de uma infinitude de notas e instrumentos musicais, em plena harmonia sinfônica! Conferindo sentido, estabelecendo harmonia, e renovando a vontade de se prosseguir num caminho sempre repleto de surpresas, e, de minuto a minuto, pródigo em ensinamentos!
E hoje, habitando as extensões etéreas onde deparo música em forma de luz; imagens e movimentos obedientes ao sopro da vontade sintonizada às expressões divinas do ser; sons originando aromas soberbos, inimagináveis pelos sentidos restritos de outrora, o que sobressaí em meus dias é a mais pura gratidão em aprimoramento de criação!
Criação musical; criação em compreensão, tolerância e entendimento; criação em abnegação; criação em fraternidade, e em retribuição!
Criação em Amor... - refulgindo em formas, em sons e em cores, que jamais antes sonhei existir! Em harmonia, em paz, e em entendimento. Para com tudo e com todos - regendo a minha própria sinfonia em louvor à grandiosa orquestração da Vida no universo!
Que o Senhor nos acompanhe e inspire, hoje e sempre."
Iohan
*Iohan foi professor de música, maestro e violinista em sua última reencarnação terrena. Hoje habita dimensões espirituais onde simultaneamente se instruí, dedica-se à Arte, e apóia e auxilia seus afetos ainda reencarnados na materialidade. É o autor de nossa próxima obra mediúnica, a ser lançada ainda no decorrer do primeiro semestre de 2012.


sábado, 31 de março de 2012

O DIFERENCIAL DA MEDIUNIDADE

 
influencias


Uma leitora me envia esta semana um poema interessante abordando a questão da fragmentação de personalidade, o que de imediato me remeteu às questões envolvendo as dúvidas sobre o território mediúnico, neste contexto, já que estudos intensos a respeito da diferenciação de ambas as experiências humanas são realizados no mundo inteiro, no esforço de se discernir entre a patologia mental e a vivência multidimensional.
 
De saída, poderia enumerar particularidades da própria experiência de quase trinta anos convivendo com episódios da lavra mediúnica, para salientar que o primeiro e importante distintivo em favor da identificação desta característica inerente a todos nós - apenas que mais desenvolvida nuns do que noutros - seria o da iniciativa própria das influências com quem interagimos durante os episódios de contato, ou de intermediação entre os habitantes dos dois lados da vida. De modo que, se recentemente relatei que, sozinha, a caixa do meu violino se colocou de pé em meu quarto, com o testemunho de meus dois filhos, em decorrência do que de imediato reconheci um evento de efeito físico provocado pelo meu atual parceiro de labor na intermediação das obras psicografadas, eis, aí, já um indicativo de duas constatações fáceis:
 
- A primeira: a iniciativa do fenômeno partiu de um fator externo à influenciação mental da médium em questão, de vez que, após horas sem entrar no cômodo, deparei, em lá voltando, com uma modificação no objeto aludido cuja autoria não foi minha, e sim do espírito que quis fazer notar sua presença, alterando a posição da caixa do instrumento, mencionada no artigo anterior.
 
- A segunda: O fenômeno foi constatado por mais duas pessoas, e, in loco, pela minha filha, presente no quarto comigo no instante em que pela segunda vez o objeto se deslocou "sozinho", como se dotado de vontade própria.
 
Vezes houve, em outras ocasiões, nas quais coisas outras espatifavam ou se deslocavam por si mesmas; em que, por desdobramento, parentes falecidos nos visitavam anunciando fatos que se confirmavam logo depois; ou, ainda, autores de nossas obras interrompiam o funcionamento correto do software de edição do meu pc, quando não concordavam com algum detalhe ao longo do processo de recebimento dos livros, destravando-o tão logo o alterava. Encaminharam objetos oportunos ao meu encontro e, por outra, me encaminhavam para situações das quais necessitava para realizar a contento um projeto de parceria mediúnica, durante as fases de transmissão das obras.
 
Enfim, o que se quer realçar é a autoria externa em todos estes episódios, sempre se dando à revelia de qualquer interferência ou intenção da parte do médium, o que se constituí num fator conclusivo natural e contundente de que não se tratam, estes casos, de eventos alucinatórios de qualquer espécie, de vez que se dão, numas vezes, na presença de outras testemunhas, ou noutras tantas desaguando em efeitos de ordem objetiva e prática sem a menor participação voluntária do médium em questão. Ainda, ao que consta nos informativos médicos sobre a fragmentação de personalidade, ou episódios de esquizofrenia, segundo estudos do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora, a exemplo, a mediunidade se caracteriza pelos seguintes indicativos importantes:
 
- Ausência de sofrimento psicológico; ausência de prejuízos sociais e ocupacionais; duração curta da experiência; atitude crítica (ter dúvidas sobre a realidade objetiva da vivência), compatibilidade com o grupo cultural ou religioso do paciente; ausência de comorbidades (coexistência de doenças ou transtornos); controle sobre a experiência; crescimento pessoal ao longo do tempo, e uma atitude de ajuda aos outros.
 
Se, portanto, a experiência mediúnica de qualquer ordem acontece de dentro de um quadro de desempenho normal do ponto de vista mental e físico, isento de indícios de desequilíbrio e de descontrole em quaisquer áreas nas quais o indivíduo atue; se, a par das suas atividades neste contexto, observa sempre atitude de avaliação crítica para o que lhe acontece - primeiro requisito do médium lúcido e avisado, inclusive, contra as armadilhas forjadas por obsessores contra um trabalho que deve sempre visar o esclarecimento e a evolução do espírito humano. E se, além disso, sob o prisma do que realiza ele promove melhorias de ordem pessoal, no seu universo emocional e psíquico, além de beneficiar, de acréscimo, tanto os que com ele compartilham tais atividades em nível de parceria, bem como os que delas usufruem de seus resultados, pode-se tranquilamente enquadrar tal pessoa na definição de médium clássico, que convive em regime de interação saudável com a multidimensionalidade da existência, favorecendo a vida com esta troca que, em última instância, também o beneficia com uma noção mais acertada do que concerne os nossos objetivos enquanto ainda estagiamos aqui, nos períodos transitórios das experiências na materialidade.
 
 
Nosso saudoso Chico Xavier também viu-se rotulado levianamente como um vitimizado, voluntaria ou involuntariamente, por transtornos mentais, produzindo fraudes batizadas indevidamente, segundo esses mais desinformados da significação maior destes fenômenos, de contatos com desencarnados. O passar dos anos, todavia, e a evolução da informação e dos estudos científicos no sentido do esclarecimento desta faceta comum a todo ser humano, situaram-nos em tempos nos quais requer-se maior vigilância e necessidade de estudo dos que ainda não compreendem, a fim de preservar-se de, mais à frente, deparar-se compulsoriamente com uma verdade que não pedirá a eles licença para existir.



sábado, 24 de março de 2012

CRÔNICAS DA VIDA INVISÍVEL - O CASO DO VIOLINO EM PÉ


violino
Antes de contar este episódio acontecido ontem à noite em casa, preciso explicar que, dependendo do tipo, a caixa do violino é como um ovo. Absolutamente, não fica em pé! Você pode tentar e tentar, procurar o ponto de equilíbrio, mas, a menos que talvez apoiando-a em uma parede ou calço, ela não se manterá em pé. Porque, guardando, além do violino, objetos outros, como o próprio arco, e a espaleira na pequena bolsa fechada com fecho eclair na frente, pote com breu, flanela, e alça, possuí contornos disformes que não a favorecem com um ponto de equilíbrio definido.

Bem, vamos ao caso: ontem estudei violino conforme instruiu meu professor do Conservatório. Enquanto meus filhos se entretinham com outras coisas, ao final da semana algo cansativa, entusiasmada, o busquei no armário e cumpri meus quarenta minutos treinando postura e condução do arco num vai-vém sobre as cordas mi e lá que, para o principiante, é bastante cansativo. Todavia, nada embora meu pescoço reclamasse com veemência, executei da melhor forma a atividade apaixonante. Demorei, depois, um tempo examinando-o e experimentando notas, relembrando a parte teórica. Depois, limpei-o e guardei-o na caixa e, como de costume, para facilitar o uso repetido no sábado e domingo, a encostei no armário embutido, num ponto protegido da passagem das pessoas, bem no ângulo de quina entre o móvel e a parede. Sempre cuidadosa de preservá-lo de tombos ou encontrões eventuais.

Dirigi-me a outros movimentos por dentro de casa. Jantamos. Assistimos tv. Sei que, horas depois, voltando aos quartos para me preparar para dormir, e após acomodar minha filha, entrei no meu cômodo e acendi a luz, sem olhar para o lugar onde punha o violino. Puxei os lençóis da cama, e, intrigada, reparei nalguma coisa indefinida - algo branco, amorfo - resvalando com um ruído peculiar, como se caísse no chão. Dei a volta no leito. Examinei. Procurei no chão. Olhei atrás da cama, embaixo, dos lados. Virei o colchão do avesso... Nada! Nada caíra, ou resvalara, ou pendera para trás da cabeceira! Não havia nada! E aquilo, de imediato, já me deixou num estado de espírito peculiar, que, nos segundos seguintes, porém, se justificou!

Enfim fiquei de frente para o ângulo resguardado do armário, do outro lado do quarto, onde pusera a caixa com o violino... E, estática, parei no meio do quarto, de boca aberta: a caixa de violino se pusera de pé!

Contornei a cama às pressas, e examinei a cena insólita. De acréscimo, a caixa não estava em pé por simplesmente resvalar, talvez, para um lado, apoiada na parede ou noutro objeto qualquer! Estava de pé no chão, como se em posição de sentido. Desencostada do armário e da parede! E eu tinha a mais absoluta certeza de tê-la colocado apoiada na quina do armário. Isto era fato! E a minha perplexidade era maior porque, na pressa em correr até o quarto de meu filho para contar-lhe o que acontecia (ele é acostumado desde criança a estes episódios de casa de médium!), ainda nem mesmo experimentara o ponto de gravidade da mesma, como fiz de maneira pertinaz e inútil em seguida, na tentativa de colocá-lo de novo de pé, na presença dele e de minha filha, que viera, curiosa com a falação súbita.

- O violino estava de pé! - Insistia, entre o assombro e o encanto - Não o coloquei assim! Era como se estivesse em posição de sentido! - Explicava, agitada, enquanto meu filho, observando minha tentativa insistente de reproduzir a posição na qual a caixa "se colocara", sem sucesso, advertia, na maior calma:

- Desiste! Não vai ficar e vai acabar caindo! Não pode ficar em pé!

No fundo, a velha tentativa do racional - prudente e mesmo necessária, admito, mas em relação à qual devemos impor limites no caso da convivência mediúnica habitual - de explicar com lógica o que, em absoluto, não se reveste de lógica!

Mesmo ali, já sabia da explicação. E os que vêm acompanhando meus últimos artigos talvez que já o antecipem, antes que lhes diga. Desde o ano passado, vinha trabalhando a próxima obra psicografada com Iohan, o espírito adorável de um músico. E, como de praxe, sempre nestes períodos de convivência mais próxima com os autores do invisível que intermedio, se estabelece um campo de influência estreita entre os mesmos e a médium que, em variadas vezes, produz fenômenos diversos e sempre surpreendentes!

Aconteceu assim em inúmeras ocasiões, durante o recebimento dos livros de Caio Quinto, meu mentor espiritual. E agora, de maneira especial, os episódios vêm se repetindo e, creio, justificados pela empatia de ordem mediúnica intensa entre mim e o querido amigo e maestro de vidas anteriores, que teve a sua última reencarnação no Brasil.

Já surpreenderia o suficiente, portanto, se o caso findasse aí. Mas prosseguiu.

Meu filho retornou a suas coisas sem se admirar muito com mais aquela mostra de visitas interdimensionais em nossa casa, e minha filha se achava algo eletrizada. A reconfortei, recordando-lhe a ocorrência de outros fatos parecidos em tempos passados, enquanto me ouvia sentada na minha cama com um sorriso perplexo parado nos lábios. Eu, de costas para a quina do armário onde encostara de novo, e com especial cuidado, a caixa do violino, e de frente para ela, que tinha a visão para o instrumento por mim obstruída. Quando me dispus a encaminhá-la novamente a seu quarto, e me virei outra vez para o armário... a caixa de violino se pusera de novo de pé - para o nosso estarrecimento!

E outra celeuma! Voltou meu filho. Vira a caixa pra lá e pra cá! Tudo inútil: a explicação era uma só: Iohan, por ali, em demonstração objetiva e reconfortadora de sua presença, talvez rindo-se de nossa reação!

Deitei-me, quando tudo se acalmou. E ainda vi uma réstea insólita de luz brilhando a meu lado, fugaz...

sábado, 3 de março de 2012

MEU AUTOR E PROFESSOR



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Autores espirituais, os que transmitem as suas histórias e lições através do recurso da mediunidade de psicografia, não são apenas autores, que comparecem na literatura espírita com informes importantes para uma percepção mais ampla da vida para além da acanhada materialidade. Também são professores dos próprios médiuns com os quais estabelecem esta sempre maravilhosa parceria!

Afirmo com base em experiência. No decorrer de todos os anos durante os quais meus amigos da invisibilidade me honraram com a confiança na minha intermediação de suas histórias que, mais que emocionar, ensinam lições singelas, dramáticas, quanto importantes para o bem viver, também e espontaneamente me beneficiaram com inúmeras lições "extra-classe".

Foram conselhos em mensagens psicografadas curtas. Em diálogos escritos, no estilo bate-papo, ou por inspirações corridas durante a agitação das horas, que, e apesar disso, não passaram despercebidas. Ora bem humoradas, ora em cordiais "puxões de orelha", fato é que acontecem, frequentemente; e se intensificam em épocas durante as quais nos dedicamos ao trabalho na produção dos livros, através da psicografia.

Foi assim, com o meu mentor desencarnado, Caio Quinto, com cuja parceria já oferecemos ao público leitor seis obras, romances mediúnicos. E também com o espírito Tarsila, de quem frequentemente capto a inspiração peculiar de amiga fiel da vida invisível, vez por outra oferecendo-me apoio, encorajamento e idéias úteis na multiplicidade de enredos do meu cotidiano. E, atualmente, vem se repetindo a sintonia encantadora com Iohan, o autor dos próximos trabalhos.

Ontem, e mais uma vez, aconteceu, após inúmeras vezes em que lindos episódios ocorreram, de tempos para cá.

Saía para o trabalho com alguma antecipação de horário, e, sem mais nem menos, me ocorreu aproveitar a sobra de tempo para visitar a loja que é uma das minhas prediletas para a compra de presentes ou de objetos para mim mesma, tudo no estilo espiritualista ou new age: cds, livros, chocolates, mel, chás, em suma, o que em tom bem humorado é definido como um estilo de vida zen ou natureba. Dirigi-me, portanto, à filial próxima ao meu local de trabalho, entrei, e lá me demorei um pouco, de lá pra cá, examinando vários ítens, entre enfeites, bijouterias, cristais, pirâmides, box para utensílios e outros. Mas estranhamente nada, desta vez, me agradava para o propósito que me demoveu até ali antes de enfim me encaminhar ao Tribunal: a compra de um presente para uma tia.

Até que, já quase desistindo, e me contentando com a compra de uns chocolates e cocadas, algo me chamou a atenção num setor da loja que hoje está bastante modificado, porque o que antes era uma bem sortida sessão de livros e cds, hoje se reduziu a uns poucos cds de música para meditação e outros do gênero.

Havia, ali, um único livro à venda: O Ser Humano Orquestra, de Naire Siqueira - cuja linda capa, exibindo a foto de uma orquestra sinfônica, me chumbou onde estava e atraiu feito ímã, na mesma hora.

Claro que, em tendo já enviado à editora o primeiro livro do parceiro mediúnico e autor, que, além de músico, fora também maestro e professor de violino, e estando desde o começo de nosso trabalho forte e espontaneamente influenciada por tudo o que se relaciona a estes assuntos, não deixaria escapar um único livro com aquela foto de capa. Na mesma hora pressenti naquilo outro sinal; outra lição. Um ícone qualquer, ao encontro do qual era cordialmente levada pelo querido violinista das esferas invisíveis, com algum propósito útil.

Assim, tão logo folheei as primeiras páginas, entendi o recado. A instrução útil que o amigo sensível e atento pretendia me transmitir.

O que de mais um médium ativo necessita na sua jornada dupla comprometida com tarefas simultâneas de ordem espiritual e material, é do aprendizado constante de se manter em harmonia e equilíbrio com o mundo multifacetado em que vive. E refiro-me, sobretudo, à arte de se sustentar a sintonia íntima com a oitava mais refinada das energias sutis, acima do que prevalece ao redor em tudo com que interagimos: correria, estresse, barulho, agitação, responsabilidades práticas diversas, preocupações, contas a pagar, em suma... uma infinidade de obrigações. Todavia, há ferramentas poderosas de que podemos lançar mão para realizar com sucesso esta multiplicidade de missões: e a música é uma delas! Melhor definindo, e segundo este excelente livro de Naire Siqueira, a Música Terapêutica!

Não que não se vá dizer que por inspiração deste meu amigo das invisibilidade, principalmente, e talvez que com base no meu próprio amor pela boa música, eu já não recorresse a este recurso, com grande benefício para o meu mundo interior! Todavia, é indescritível a sensação de alegria eufórica experimentada quando folheei a obra valiosa que me chegava às mãos, indiscutivelmente, por inspiração de Iohan! Uma confirmação contundente do que já vinha exercitando com sucesso, e ainda oferecendo-me novas técnicas para a realização mais satisfatória do método - o que, e de maneira aqui resumida, Naire Siqueira define como os Dez Movimentos que podemos executar para uma vida saudável e harmoniosa, a exemplo de uma orquestra, e incluindo aí, além do uso da Música Terapêutica, alimentação saudável, exercícios respiratórios e mecanismos que todos os que são comprometidos com a verdadeira qualidade de vida deveriam acessar!

Logo, um caso óbvio de um maestro da vida invisível encaminhando a sua parceira de tarefa mediúnica e aluna a um outro maestro em situação de reencarnado, que vem realizando um excelente trabalho em favor do bem estar do ser humano!

Iohan pode não ser o violinista do telhado - é certamente, contudo, uma alma amiga e amparadora que, com indefectível visão de cima, vem zelando de maneira espontânea, abrangente e amorosa pelas necessidades importantes da sua intermediária na materialidade!

Grata, Iohan!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O VÔO ARTÍSTICO






"(...) Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória (...) O solo do mundo espiritual estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza(...) A consciência, aprendendo a realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza, em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental. (...) Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Industria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos." - ("Evolução em Dois Mundos", André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, cap. XIII, FEB)

Transcrevo o excerto acima com o intuito de fundamentar e ilustrar devidamente, com os relatos inatacáveis do espírito André Luiz, o assunto que pretendo abordar, a partir de reflexões sobre o lamentável acontecido nos últimos dias com os atores Thiago Fragoso e Daniele Winitz, ao se acidentarem durante a cena de vôo de grande beleza na sua apresentação do musical Xanadu.

Alguém, durante a semana, comentou que a platéia adora assistir a cenas de vôo. E recordaremos com facilidade que se trata de uma tendência mundial, já que ouvimos sempre sobre apresentações teatrais e musicais noutros países lançando mão deste recurso de grande inspiração - e, infelizmente, também, sobre casos de acidentes semelhantes.

Isto me remeteu com espontaneidade à constatação obtida em variadas experiências anteriores e projetivas do espírito, quando de visitas às localidades etéreas e luminescentes do espaço, que nos permitiram presenciar e constatar, com grande enlevo e surpresa, que o recurso do vôo em shows e musicais, no nosso plano de vida, certamente encontra a sua inspiração primeira nas realidades interdimensionais, já que, nestas instâncias mais avançadas, onde contamos com o recurso sublime da volição espiritual para deslocamento mediante o uso puro e simples da vontade, de há muito as platéias se deleitam, maravilhadas, com tais gêneros e recursos mais avançados de entretenimento, que aos poucos, e somente de tempos a esta parte, começam a se materializar nos nossos cenários artísticos.

Já as obras respeitáveis de André Luiz nos asseguram que o plano material terreno nada mais é que reprodução mais lenta, mais grosseira, e em vários quesitos mais imperfeita, de tudo o que viceja e floresce em outras instâncias invisíveis aos sentidos humanos ordinários, onde estagiamos durante algum tempo após cada desencarnação, para depois retornarmos, certamente mais enriquecidos intimamente, visando oferecer ao orbe físico a nossa contribuição para as melhorias paulatinas, em várias frentes.

Naturalmente, portanto, que, e a exemplo da própria Nosso Lar, onde as expressões da Arte se acham em estágio mais avançado, e onde falanges inteiras de seres dedicados por vocação à nobre profissão artística colaboram, incansavelmente, para a manutenção do trabalho criativo, muitos outros locais cheios de vida no infinito acima e em torno de nós também prosseguem na realização de espetáculos e de trabalhos artísticos esmerados,  para o constante engrandecimento do espirito humano.

Assim que incontáveis seres voltam à crosta terrestre comprometidos com a transmissão desta mensagem especial, destinada a atingir os seres na sua sensibilidade e despertá-los para as suas realidades maiores,  propiciando cura genuína dos males das almas, e enaltecendo a harmonia, a estética e o belo, em todas as suas possíveis manifestações, sejam elas através da música, do cinema, da literatura, da pintura e das múltiplas demais vertentes artísticas, como constatamos com facilidade em inumeráveis produções mais ou menos recentes. Tomemos para exemplo as músicas clássicas atemporais, as atuais composições new age e da música universal,  filmes extraordinários com temática transcendente como Além da Vida, Avatar, Amor Além da Vida, e Ghost,  dentre tantos outros, e, no nosso país, as produções para o cinema Nosso Lar, O Filme dos Espíritos e Chico Xavier, e novelas de enredo envolvente e esclarecedor como A Viagem e Escrito nas Estrelas .
 
Todavia, conta-se, na materialidade,  com determinadas limitações rudes de recursos a serem contornadas com inteligência e sensibilidade, e devidamente melhoradas e solucionadas, pois que, certamente tendo mantido contato estreito outrora com tal gênero de inovações criativas nas dimensões etéreas do espaço infinito, anseiam, estes excelentes trabalhadores da criação, ardentemente, por manifestá-las por aqui, para a encantadora renovação das expressões artísticas terrenas.
 
Assim, para tanto, não medem esforços para realizar, durante a apresentação de um musical ou peça teatral,  a magnífica produção do vôo artístico diante das platéias encantadas, justamente porque tais imagens evocam-lhes às sensações nostálgicas dos espíritos as recordações fugazes dos tempos de plenitude espiritual, durante a qual, em lugares vários da existência talvez que inimagináveis pela maior parte dos reencarnados, assistiam a tais imagens idílicas, sem a necessidade de amarras de sustentação ou de outros recursos grosseiros - mas produzidas pela volição leve, graciosa, natural e inerente à nossa condição de libertação da matéria, em palcos magníficos, e ao som de músicas celestiais de indescritível entonação emoldurando enredos mágicos nos cenários cheios de luz e de cor de um Universo abundante de Vida!
 

sábado, 21 de janeiro de 2012

NÓS ESTAMOS COM VOCÊ!



NÓS ESTAMOS COM VOCÊ!


Ainda agora tomava sozinha o meu café mergulhada em reflexões sobre situações sobre as quais ainda não atino com uma solução satisfatória, quando percebi uma daquelas presenças amigas e constantes "do outro lado da vida", que sempre atendem aos nossos pedidos de socorro explícitos, ou tácitos.

Refletia, completamente alheada do momento presente, e olhando, sem ver, o aparelho celular novo que tinha nas mãos, quando aquela "voz silenciosa" se fez ouvir nitidamente no meu "ouvido interno":

- Nós estamos com você! Não se preocupe tanto! - E, para minha surpresa admirada, comentou, e eu intuí que a intenção era desviar-me o foco daquelas especulações quase obsessivas que tinha em mente, já estressando o meu começo de dia - Interessante, este seu novo aparelho! Um dia você vai se admirar com o que existe por aqui!

De tão oportuno o comentário e aquela presença amiga, terminei mesmo acordando e me desviando definitivamente para pensamentos e ocupações mais saudáveis por dentro de casa.

Introduzo assim esta nova Crônica... para, bem a propósito, relatar o testemunho autorizado de um amigo que já de há tempos me envia excelentes coisas por e-mail, o Luiz Cardoso. Para tanto que tentarei reproduzir, com a fidelidade possível às suas palavras, duas de suas vivências que merecem ser compartilhadas com meus leitores, pela grande beleza e utilidade de que se revestem. O objetivo é exemplificar o tipo de influência constante que todos recebemos dos habitantes das outras dimensões.

Luiz conta: após quase um ano da morte de um colega do Banco, foi levado (por desdobramento) por três espíritos a um belíssimo jardim. Sentado num banco, ele tentava ver seus rostos, mas não conseguia. De repente, estava a seu lado o referido colega. Ele relata que tomou um susto, dizendo: - Otoniel, mas você já morreu! O colega replicou que ele era espírita e não entendia o seu espanto. Então, falaram rapidamente do que ele tinha sofrido após o desencarne, e Luiz comentou que a sua aparência estava bem melhor do que ao desencarnar. O outro, então, pediu que intercedesse junto aos seus pais (ambos ateus) para que tomassem conta da sua filha. Luiz replicou que ele não tinha nenhuma filha, e lembrou de uma das últimas conversas, quando ele disse o quanto estava arrependido de ter pago o aborto de uma namorada, e o quanto se zangou com o colega por estar fazendo aquilo, e o que insistiu para que não o fizesse.

O colega disse não se tratar daquela criança, mas de uma outra que era sua filha e ele só soube depois de desencarnar. Ele morreu sem saber que tinha uma filha! Luiz relata que, na manhã seguinte, contou o "sonho" a ex-esposa e ela perguntou se ele iria procurar os seus pais. Respondeu-lhe que não. Porque eram ateus e provavelmente ainda sofriam a perda, e por certo o expulsariam.


Conta-nos Luiz Cardoso:
 

Quando leu Nosso Lar pela primeira vez estava numa UTI, já desenganado pelos médicos. Ao terminar de ler o livro, à noite recebeu uma visita inusitada. Havia vários médicos ao redor da sua cama. Tentou se levantar, mas o mais velho, e certamente o chefe da equipe, lhe pediu para relaxar e fechar os olhos. Notou que eram espíritos - pelo menos, sentiu assim. O médico que chefiava a equipe era o doutor Bezerra de Menezes. Então, teve alta do hospital, dois dias depois - não no dia imediato, porque os médicos carnais não podiam entender como havia melhorado tanto em apenas uma noite, deixando-o em observação.

Este último caso, amigos, particularmente, vem ilustrar e confirmar o já mencionado nesta nossa série de textos a respeito da atuação dos médicos do espaço a nosso favor, não para derrogar planejamentos cármicos específicos de retorno ao mundo espiritual, quando expira o nosso prazo por aqui e devemos voltar à vida mais verdadeira - mas em múltiplos casos em que uma prorrogação de prazo é consentida com utilidade específica, porque a permanência deste ou daquele durante algum tempo a mais beneficiará pessoas ou situações que nos estejam coligados na trajetória material.

Devemos recordar que a vida é processo, dinâmico, obediente inclusive aos direcionamentos do livre arbítrio, nossos, e dos que nos acompanham mais ou menos de perto. Portanto, para cada caso haverá uma análise diferenciada, de maneira que a nossa permanência na vida física, se em linhas gerais é projetada para um período de tempo específico, quanto mais lúcido o espírito, e maior a sua participação e interação com as equipes encarnadas e desencarnadas em favor da vida, maiores também as chances de que, em tempo, sejam revistos e ajustados planos anteriores à reencarnação, para que sejam atendidos de forma o mais satisfatória possível todos os compromissos no estágio da materialidade.

O fato inconteste, tendo em vista todas estas vivências de caráter em princípio altamente subjetivo - de vez que nem sempre são alardeadas ou divulgadas para além do nosso círculo mais íntimo de amizades e convivências - é que, em quaisquer situações, das mais banais às mais aflitivas, sempre nos veremos acompanhados de um número bem maior de amigos e seres estimados do que a primeira vista possa nos parecer, se nos basearmos somente em quem nos rodeia na vida material, ou num aparente e momentâneo estado de solidão.

Lembremo-nos, portanto, do recado que me foi assoprado na manhã de hoje, sempre apropriado para cada um de nós:
 

- "Nós estamos com você!..."



Todavia, passados dois meses, Luiz viajou e encontrou a filha do colega. Nem precisaria de teste de DNA: era ele em tudo! Então, procurou os pais do amigo, e não mais os encontrou, pois haviam se mudado. Hoje, a garota está casada, com dois filhos, morando em Salvador.

O outro caso é não menos sugestivo.