quarta-feira, 8 de maio de 2013

MEDIUNIDADE MUSICAL



MEDIUNIDADE MUSICAL


Há uns dias emerge à minha audição psíquica, com insistência, uma melodia, desconhecida, em solo de violino. Parece trilha sonora maravilhosa para o livro que venho recebendo de Iohan, um dos meus parceiros do invisível no trabalho literário espírita! Todavia, sempre prevenida para analisar sob o crivo da lógica tudo o que me acontece neste território, e apesar de o correr dos muitos anos nesta atividade ter me presenteado à fartura com manifestações maravilhosas dos prodígios dimensionais de onde habitam os nossos amigos do lado de lá, fui acompanhando, apenas, e atenta, o que acontecia, e evitei conclusões precipitadas. Poderia ser só sugestão. Veríamos!

Eu já conheço da convivência com Iohan, - aliás como é hábito recorrente de quem interage conosco a partir da invisibilidade, - que volta e meia, quando quer me instruir ou me levar a entender melhor aspectos do que acontece na convivência mediúnica, ou no modo de vida das dimensões onde vive, ele me encaminha, de forma irresistível, a leituras que julga úteis. Assim, normalmente, por aparente "acaso", dou de cara com algum livro que cai como uma luva às particularidades do período que vivencio na nossa interação.

Noutro dia, aconteceu sob as aparências espantosas de ele simplesmente "empurrar", pode-se dizer, uma obra de Victor Hugo para mim, dentro da seção de livros espíritas de uma livraria gigantesca do Rio de Janeiro. Olhando a esmo, de um impulso puxei um - mais atraída pelo autor, Victor Hugo, de quem já lera uma ou duas obras psicografadas antes. E, para minha estupefação, vi em minhas mãos um lindo livro com um violino na capa: Na Sombra e na Luz! Com o qual, depois ele explicou, quis mostrar a qualidade dos relacionamentos amorosos das oitavas dimensionais mais avançadas, através da linda história daquele professor de violino e a sua musa, no enredo da novela do nobre autor desencarnado francês!

Pois desta vez não aconteceu diferente, neste período, em que vem me ditando um livro cujo conteúdo é todo passado na estância onde habita desde a sua última passagem pela Terra, rico em detalhes encantadores a respeito do trabalho que também lá desenvolve, como músico e violinista! Nele, explana sobre a qualidade indescritível das atividades deste teor nas esferas espirituais mais avançadas. Então, em momento em que buscava, num site literário, ítens doutrinários que por verossimilhança me servissem de respaldo ao que de mais sublime ele vem oferecendo ao meu conhecimento, Iohan, gerenciando a iniciativa, atraiu minha atenção para o volume de Geziel Andrade - Os Espíritos, A Música Celeste e a Música Terrena - que, de um impulso, como se eletrizada, comprei!

Magnífica obra, a de Geziel! Recobrou minhas lembranças para algo de há muito esquecido, visto que concluí a leitura das obras principais da Codificação Espírita há tempos, valendo-me delas hoje para estudo direcionado! Porque, com a sua análise bem elaborada, isenta, Geziel nos coloca em contato direto com todas as mais importantes pesquisas de campo e anotações de Allan Kardec, contidas nas publicações de estudos nas revistas espíritas da época e em sua monumental Codificação, a respeito da influência maciça de espíritos músicos, compositores, instrumentistas, sobre médiuns sensíveis de todos os tempos!

Geziel narra-nos minuciosamente casos conhecidos de médiuns europeus de toda faixa etária que foram influenciados, sob as atenções de testemunhos isentos e de idoneidade inatacável, pelos espíritos de Mozart, Chopin, Rossini, dentre tantos outros talentos da invisibilidade que, no labor de indescritível utilidade junto aos reencarnados, deixaram composições típicas de seu estilo, de inenarrável beleza!

Acompanhamentos se produziam do nada junto ao solo de uma médium inspirada na execução de um instrumento! Páginas com composições surgiam; espíritos produziam espontaneamente marchas militares, ou ao sabor de suas preferências, na presença de testemunhas atentas, de cujas reuniões Kardec participou, assíduo, dali extraindo conclusões pautadas sob rigorosa metodologia científica na avaliação destes fenômenos!

E Geziel vai mais longe, ao asseverar ao leitor mais questionador - como eu mesma me reconheço -, e como se antecipasse nosso pensamento, que não apenas naqueles séculos já recuados tais acontecimentos surpreendentes se davam! Ainda hoje, médiuns ligados à música, ou às Artes, em todos os quadrantes do planeta, permanecem nesta simbiose prazerosa com espíritos artistas a quem frequentemente são ligados por elos afetivos, recebendo deles inspiração para composição, ou proteção durante a realização de espetáculos! Beneficiam, assim, as suas performances, e inspiram-lhes segurança para o sucesso! Cita, a exemplo, o caso da inspiração recebida por Paul Mcartney quando compôs a legendária "Yesterday"! O cantor relata que acordou assobiando a música, que aparentemente lhe saira "pronta" da mente e das mãos, ao passá-la para o papel!

São, portanto, muitos os fatos pitorescos e, sobretudo, belos, relatados no livro de Geziel Andrade - verdadeiro repositório de casuística mediúnica na área específica da Arte Musical em interação constante entre as duas esferas da vida! Resta-me, a partir disso, portanto, claro o esclarecimento que o meu próprio companheiro querido de atividades mediúnicas quis proporcionar, em meio ao trabalho único que vimos desenvolvendo há algumas semanas, durante o qual passou a repercutir com tocante beleza na minha audição psíquica o trecho melódico estranho e desconhecido, em solo de violino por vezes acompanhado de indefinível execução orquestral distante enriquecendo-lhe a harmonia perfeita, entre névoas etéreas, embora nítida!

Neste momento! Quando cheguei a questioná-lo, cheia de dúvidas sinceras, se seria, ele, o responsável pela composição, e pelo solo lindíssimo! Sem sequer me atrever, apesar da grande vontade, a tentar transcrevê-los para uma partitura, de vez que, violinista ainda precoce, com pouco mais de um ano de estudo, não disponho de segurança ou conhecimento suficiente de teoria musical para fazê-lo com segurança!

Tentei reproduzir o trecho no meu próprio violino. Pareceu-me à percepção musical ingênua, talvez, simples! Não era! Houve alguma dificuldade na alternância entre tons melódicos. Mesmo assim, sou infinitamente grata a Iohan! Pois quem sabe ele não esteja, por generosa bondade, me oferecendo ao conhecimento a sua tocante
Sonata ao Amor*?

 
*Composição de sua autoria, citada no seu livro de mesmo título, e dedicada à sua cônjuge espiritual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário