Este é o meu blog pessoal, voltado aos temas espiritualistas, mas onde também constarão sempre informações sobre as nossas obras já publicadas ou em lançamento, bem como sobre eventos a isto associados. Sejam benvindos, e boa leitura! Christina Nunes
domingo, 27 de outubro de 2013
Imagem: http://www.milhasdeamor.com.br/clave_de_sol.htm
UM
CASO MEDIÚNICO – A CLAVE DE SOL
Durante o mês de setembro, justo o que marca os
oitocentos anos de um dos maiores massacres da história (o que descobri recentemente,
de vez que nada conhecia do termo 'cátaros', e dos acontecimentos
trágicos da tentativa do seu extermínio pelas Cruzadas do poder católico
medieval) esta palavra, cátaros, principiou a ser
"assoprada" na minha audição interna pelo autor desencarnado dos meus
livros mediúnicos, sem que eu compreendesse bem o que estava havendo. Sei que,
em decorrência disso, gastei uns dias metida numa espécie de obsessão em ouvir
meus cds do projeto Era, do francês Eric Lévi, de quem ouvira menção
por alto de ser, ele, e os integrantes deste grupo musical, adeptos, ou simpatizantes,
do Catarismo. Mas até então, meu conhecimento disso acabava aí.
Em simultaneidade, imagens oníricas povoavam minha mente durante estes períodos
de relaxamento e semi-desligamento do espírito, em estados de devaneio que,
literalmente, me lançavam n'outra dimensão, fora das agitadas tribulações do
dia-a-dia. Via-me trajando roupas claras, despojadas demais, de pés no chão.
Muito mais jovem, talvez, e, estranhamente, também cantando. Imergia numa
mistura confusa de bem-estar com melancólica nostalgia. E, de entremeio,
parecia ouvir com nitidez aquela voz, à qual já me habituei desde alguns anos
atrás, quando comecei a receber as suas obras mediúnicas - o espírito Iohan
- o querido músico, habitante das esferas espirituais mais saneadas em torno
do orbe: - "Catarismo. Cátaros! Preste atenção nisso! Interesse-se!"
Até que, em determinada altura, já enveredando pelo mês de outubro, e
compreendendo que não conseguiria me livrar do clima peculiar de ordem
espiritual que me dominava, afinal cedi ao impulso da estranha afinidade pelo
termo, como se o reconhecendo de algum lugar de dentro de mim mesma que não
conseguia definir. Pesquisei por alto no Google, e um emaranhado de páginas a
respeito, para minha surpresa, surgiram. Uma, dentre todas, atraiu de abrupto
minha atenção: a que fazia menção a dois livros, chamados 'Os Cátaros e a
Heresia Católica', do autor espírita Herminio C. Miranda, e 'Os
Cátaros e a Reencarnação' - ao que, já surpreendida, e dominada de modo
inevitável por aquele tipo de "faro" espiritual que já conheço de
muitas outras ocorrências no trabalho mediúnico em parceria, abri o texto, versando
sobre as obras de títulos tão formidavelmente sugestivos, de vez que a
iniciativa de procurar saber sobre isso obedecia à irresistível interação com
um mentor desencarnado que, desde um mês antes, me arrastava de encontro à
pesquisa iniciada, todavia, sem jamais supor que logo o primeiro link apontaria
para uma faceta extraordinariamente afim ao cerne dos assuntos que desenvolvo
na produção de livros espíritas.
Quanto mais lia, mais me espantava - acima de deparar os assuntos sobre
reencarnação intimamente entranhados aos contextos cátaros, principalmente por
identificar, em mim mesma, de família e princípios Kardecistas, uma radiografia
fiel de toda a ideologia que abraçaram naqueles tempos distantes, na prática
mais entranhada do meu cotidiano - de vez que, praticantes de um cristianismo
que buscava resgatar suas origens, de resto, pregavam a reencarnação, a cura
por imposição de mãos, e a interação direta com Deus prescindindo de
intermediários, o que, diga-se, fora a razão pela qual enfureceram a Igreja
Católica, ao ponto desta mobilizar o ataque brutal das cruzadas contra aqueles
que denominaram hereges, mas que mais não eram que cristãos dos mais
autênticos - apenas que tendo escolhido seguir os mesmos
Evangelhos repudiando frontalmente a ritualística, a pompa e o dogmatismo
da Igreja Romana, já distanciada dos característicos e objetivos iniciais da
missão sublime de Jesus, quando esteve entre nós.
Dentre tantos outros detalhes que, sem medo de incorrer em precipitação
por algum impulso adolescente, identificaram-me de pronto
como exemplar fidedigno de cátara reencarnada, fechei a pesquisa,
praticamente em choque. Antes, havia descoberto alguns títulos importantes
sobre o tema, mas, antes de me decidir a comprá-los, arriscando alguma mescla
indutiva nas atitudes que tomaria a seguir, resolvi indagar de novo e
diretamente do mentor amigo a respeito do significado daquilo tudo - que já
intuía! - e que ele só fez confirmar, por intermédio do diálogo psicográfico
mantido na primeira oportunidade, em momento suficientemente tranquilo do meu
repouso noturno. Fora, ele, como supunha, um cátaro? Queria, com aquela
insistência em atrair minha atenção para o tema, indicar que deveríamos
discorrer sobre isso n'alguma de nossas próximas obras? A resposta veio clara,
direta: "Fomos!" - Frisou - "Fui trovador e cátaro”
E, em contínuo, confirmou que pretendia narrar a respeito em obra ainda a ser
iniciada, acrescentando algumas particularidades que, por ora, deixo de fora do
conhecimento do leitor, porque o objetivo, aqui, é narrar o fenômeno de ordem
mediúnica maravilhoso havido em seguida - talvez um dos mais efetivos que já me
colheram ao longo dos anos, durante os quais me engajei na divulgação
da doutrina espírita!
Sempre criteriosa, e incerta – com o lado racional buscando
explicações para o que só se justifica no universo das leis que regem as
extensões da vida do mais além - saí de novo em buscas na internet de algum
possível elo entre o termo "trovador" e "cátaro" - e a
resposta, novamente, eu antecipava, com a mesma audição de dentro com que
ia identificando os vínculos de todas as peças destes acontecimentos
extemporâneos. Mas, novamente enchi-me de encantamento!
Encontrei outro endereço virtual, onde se mencionava os muitos pontos em comum
da poesia e da música provençal com o catarismo, e o fato de que era comum
que os cátaros fossem trovadores! Isto, apenas, bastaria para apaziguar
todas as inquietações pelo que acontecia, e para me convencer a adotar a
sugestão insistente que o amoroso amigo desencarnado vem me
sugerindo, paciente, e desejoso de, a todo custo, me oferecer as certezas
de que eu precisava. Até que, hoje cedo, o presente celestial definitivo
caiu-me em mãos, na forma de um dos numerosos fenômenos de materialização já
tão narrados na literatura espírita, e que os nossos afeiçoados da
invisibilidade sempre nos proporcionam em momentos chaves; em horas nas quais
precisamos adotar rumos seguros na tarefa delicada de transmitir aos
reencarnados as convicções da continuidade da jornada humana para além da
matéria.
Apanhei de cima da mesa, antes de ir ao trabalho, o primeiro livro que acabava
de adquirir sobre o catarismo, justo o aludido acima, de Hermínio Miranda.
Olhei a contracapa e, intrigada, julguei tê-la manchado com leve marca
digital; mas, fixando a vista, mal consegui acreditar no que via: uma clave
de sol, perfeitamente delineada em meio a estranho contorno acinzentado,
era visível, nítida, bem acima do termo "catarismo" grafado
no texto de contracapa abaixo! Aparecera do nada, de um dia para o outro, pois
até a noite anterior, em absoluto, não existia! Era, portanto, a
resposta material; o sinal indiscutível oferecido pelo amigo amorável das
esferas invisíveis, a fim de aplacar em definitivo todas as minhas
hesitações, as últimas dúvidas!
Então, tudo devidamente esclarecido, Iohan! Fique eternamente com a minha
gratidão, com o meu encantamento - com o meu profundo carinho!
E, mãos à obra!...
Assinar:
Postagens (Atom)