terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lançamento do livro "ECOS NA ETERNIDADE"


Esther conheceu algumas de suas reencarnações, após desencarnar na época da Segunda Guerra Mundial, nos campos de concentração de Auschwitz, depois de ser brutalmente separada dos pais e dos irmãos.

Em ECOS NA ETERNIDADE, o espirito Tarsila, pela psicografia de Christina Nunes, convida-nos a um aprendizado na espiritualidade sobre como podemos refazer nossos caminhos a fim de conquistar a autêntica felicidade no futuro.

Um lançamento da Lúmen Editorial

Seção de autógrafos com a médium Christina Nunes no dia 03 de setembro de 2011, às 18 horas, na XV Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro, Rio Centro, Pavilhão Verde, stand da ADELER - Editoras Espíritas Reunidas.

Compareçam!

sábado, 20 de agosto de 2011

DESAPEGO...

DESAPEGO...

Quando lá ia eu toda contente com o meu novo horário de trabalho, entrando pela manhã e saindo à tarde, vai a Justiça e revê as suas determinações, devolvendo-nos à velha rotina de se entrar às onze da manhã e sair às seis ou sete horas da noite!

Não me pegou tão despreparada, nem me deixei arrebatar por inconformação, porque já faz tempo que a vida me conduziu à sábia aplicação daqueles refrões da legendária canção de Lulu Santos: "Nada do que foi será / de novo do jeito que já foi um dia / Tudo passa, tudo sempre passará / A vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito / Tudo se vê não é / de novo do jeito de há um segundo / Tudo muda o tempo todo no mundo / Não adianta fugir / nem mentir pra si mesmo agora / Há tanta vida lá fora / aqui dentro, sempre / Como uma onda no mar!

Desapego, meu caro leitor ou leitora! Como nos é útil, e ao mesmo tempo tão difícil em muitos momentos! E em relação a mais coisas do que talvez você imagine!

Imprescindível esta concientização, para adotarmos um modo de se viver mais leve!

As mudanças, por vezes bruscas, nas circunstâncias de trabalho! As guinadas familiares. As transformações naturais que arredam para longe de nós pessoas e situações confortáveis às nossas comodidades e preferências...

O amigo que se foi. O parente que fez a passagem... A mudança de comportamento gradativa nos nossos filhos... As modificações diárias, imperceptíveis, no nosso próprio corpo e temperamento, conduzindo-nos paulatinamente, da infância à juventude, e daí à maturidade e à velhice...

Como ficaremos, se nos apegarmos ferrenhamente à coisas, pessoas, e às características transitórias de momento?

E de que nos adiantará, eu lhes pergunto, meus amigos, este esforço?!

Será o mesmo que se tentar reter o ar entre os dedos!

Sem que nos apercebamos, o apego é um dos fatores desencadeadores de sofrimento mais recorrente! Porque nos apegamos a objetos, pessoas e condições! Enchemo-nos de verve para proclamar que somos isto ou aquilo, ou que temos isto, aquilo, ou alguém... Nomes e títulos.

Circunstâncias!

E então, as ondas impetuosas da vida nos colhem de improviso, de tempos em tempos, arrastando para longe tudo aquilo que tomávamos como sustentáculo, como identidade e referência de vida, emprestando-nos a sensação de que nos falta o chão!

Os títulos, dadas vezes os perdemos, ou eles mesmos se esvaem, de si, de importância ou utilidade. As pessoas ficam durante um tempo por perto e depois se vão, de um ou de outro modo: por vontade própria ou do destino, pela passagem da morte, pelos lances ocasionais que as situam longe de nós.

Objetos se desgastam, se quebram, ou se perdem. Posses mudam de feição ou de mão. O carro vai para outro, a casa é herdada por aquele, ou nos mudamos dela. Pessoas novas chegam, outras se vão. O dinheiro "quica" em nossas contas bancárias, para logo depois se transmudar em pagamento de contas ou em compras de mercado, que logo são consumidas e somem...

Finalmente, apegamo-nos a nossos nomes, famílias, e países. Mas, quantos nomes já tivemos, com quantas famílias convivemos, e em quantos países reencarnamos durante o percurso pela eternidade?!

O ser humano comete o erro temerário de visão de se considerar intrinseca e definitivamente branco ou negro, pardo, brasileiro, paulista ou ingles, e nunca lhe ocorre que o limite inexorável destas referências de identidade, às quais tanto se apega, e que lhe deveriam funcionar não mais como utilitarismo de momento, é o túmulo!

Sim! Eis o fatal divisor de águas, a partir do qual desaguamos na realidade mais autêntica de nós mesmos e de tudo!

Somos cidadãos universais! E, em nosso belo planeta azul, deveríamos nos considerar não muito mais ou além de meros habitantes de uma mesma raça planetária: a raça humana!

Tudo o mais, leitor e leitora amiga, são fogos fátuos, que nos hipnotizam durante um momento mais ou menos breve, emprestando-nos a ilusão de posse e de permanência, para, nalgum momento inevitável logo ali, se esvair de nossas vistas e alcance, sem apelação!

Não quero significar com estas assertivas que devemo-nos imbuir de frieza e isenção de sentimentos para com a nossa situação, e para com aqueles que nos acompanham, porque todo este contexto de coisas, fatos, paisagens e pessoas representam valioso presente da Vida com que interagimos em compasso de evolução conjunta. Merecem, sem margem a dúvidas, reverência!Amar ao próximo como a si mesmo, e a Deus sobre todas as coisas!, já nos asseverava o Cristo com esta máxima, que é o próprio mantenedor do equilíbrio da Vida no Universo! Todavia, não se deveria jamais confundir amor com posse. Em princípio, porque não somos donos de nada nem de ninguém, e mais cedo ou mais tarde descobriremos esta verdade, pelos caminhos da dor ou da sabedoria!

A mãe, ou os filhos, maridos e esposas, quem seja... um dia se vão! Então, procuremos amá-los na sua presença ou na sua ausência, mas de forma sábia: reverenciando-os, naquele recanto sagrado de nossos corações! Compreendendo-os, o mais possível. Convivendo de maneira harmoniosa, e auxiliando-os - mas sempre compenetrados da necessidade de isentá-los de possessividade doentia, e de se entender de que são, eles, como nós mesmos, filhos da Vida! Vida concedida por este mesmo Criador dos mundos, porque é para Ele que todos somos destinados!

As situações, as contingências, bons e maus momentos, vêm e se vão. Deixemos que partam, sem maiores dores ou constrangimentos. Sejamos agradecidos. Certamente, nos legaram a sua cota preciosa de amadurecimento...

Amigos ou amores nos deixaram, desapareceram nas curvas do longo caminho? Foi um aprendizado mútuo. Irradie o seu carinho, a sua gratidão! Quase certo que um dia a Lei da Sintonia nos reunirá novamente, para instantes de alegria e efusões de afetividade! Mas, por enquanto, os caminhos da liberdade e do livre-arbítrio nos reservam novas lições. Renovadas oportunidades de crescimento e de aprendizado!

E isto vale, meus queridos, tanto para os que nos deixam para a continuidade da vida noutras esferas ou dimensões, quanto para coisas, fatos, situações, condições passageiras de agora. Não somos nada definitivo, não temos nada em definitivo.

A Vida nos empresta tudo! Mas a única coisa que permanece é esta mesma Vida em nós, em forma de consciência!

Viemos sem nada a este mundo; e, na despedida dele, carregaremos apenas a nós mesmos! Mas não os nossos nomes, profissões, posses e títulos! Isto de nada nos serviria nos parâmetros radicalmente diferentes nos quais seremos chamados a viver. Devolveremos a este mundo o que este mundo nos emprestou!

Carregaremos, quando muito, o que somos, em essência. O tanto que dedicamos e continuaremos dedicando em contribuição à Luz da Vida. Quando muito, talvez preferências sutis, mas também passageiras. Afinidades pessoais, que tendem a se modificar, ou a se expandir!

Nossas atitudes, sentimentos e iniciativas nos situarão no palco do capítulo seguinte. Eis tudo!

Não somos, não temos, nem retemos nada, meus amigos - num universo onde, eterna e paradoxalmente, o Criador nos herda com tudo!


terça-feira, 16 de agosto de 2011

SE FOR PARA O BEM...

campo

"Se for para o bem, acontecerá..."

Ouvi de minha cunhada esta frase algumas vezes, e nunca a esqueci, porque contém, em poucas palavras, muita sabedoria.
Hoje, voltando do trabalho, após um período longo de agitação, reparei que o céu já escurece mais tarde.

É sempre assim, pontualmente, na segunda quinzena de agosto. A Terra prossegue no seu rodopio solene. A estação, devagarzinho, vai mudando, e nos aproximamos um pouco mais da primavera. Aparecem os cupins voando em volta das luzes noturnas dos postes.

Dá uma sensação boa, isto. Sensação de renovação, de novo fôlego, após o longo intervalo que vai do outono ao inverno, no qual as árvores enregelam, perdem as suas folhas, e os jardins ficam sem flores. E nós, de certa forma enregelamos junto. Deixamos cair, também, algumas de nossas "folhas"... Planos que não vingaram. Acontecimentos difíceis, ríspidos, que desejamos esquecer. E desafios que, não sei porque, para um bom observador, costumam nos colher em cheio sempre e justo nesta mesma época do ano.

Casacos, frentes frias, zelos com a saúde contra as intempéries e as rajadas geladas impiedosas quem investem, vindas do sul. Tiritamos junto com as árvores e com a natureza, e não apenas por sentir frio. De um certo ponto de vista, há um contexto mais árduo para muitos, neste período do ano em que o calor do sol barganha com a dispensação dos seus raios sedativos!

Não deve ser por um acaso.

Sempre que vai se encerrando um inverno, ensejam-se reflexões preciosas sobre a capacidade de restauração inerente à vida que se agita em tudo, como em todos nós. Os primeiros calores da proximidade da primavera podem encher de novo alento os mais sensíveis, que pressentem, nisso, o poder de transcendência constante inerente à natureza e a nós mesmos, regenerando e revitalizando todas as coisas, acima das cinzas do que se foi.

Dias mais longos. Luz! Ânimo renovado, após os dias mais escuros!
 

Ressurreição de nós mesmos, sobre os embates e os desafios. Nesta época, tudo parece se revestir de nova luz! Pois prosseguimos, apesar e além dos meses de frio, com os seus dilemas e canseiras. E, não obstante de dentro da sempiterna continuidade investindo sem parar novos fatos e acontecimentos, nos descobrimos ainda aqui! Conscientes! Inteiros!

Sim; somos nós, aqui e sempre! Com outras roupas e idéias. Com outro ânimo, e certamente mudados, quanto a uma série de quesitos e ao que éramos no primeiro semestre. Ainda com dúvidas e perguntas sem respostas.
 

É da Vida!

Mas prosseguimos, agora! Aqui!

Não há como nos iludirmos quanto a esta verdade: a busca, as perguntas, os desafios, continuarão, sempre. Porque o aprendizado é eterno. Todavia, aprendemos também que qualquer ansiedade a mais quanto a isto será inevitável fator gerador de angústia. A renovação dos ares primaveris, com suas novas luzes e cores, e com o aconchego de dias mais quantes, nos colherá, inevitavelmente, com outras questões.

Atingirei meus objetivos? Fiz tudo como devia? Ou não deveria ter falado ou agido daquela forma? Deveria mudar de pareceres ou de atitudes quanto àquele pormenor? E agora, como me posicionar diante destas mudanças que não estavam programadas? Esquecer ou não esquecer uma ofensa? Revidar? Ignorar?...

O que, afinal, na continuidade pura e simples das horas, será mais conveniente ao bom andamento dos nossos interesses mais ou menos imediatos, à nossa convivência com os que nos acompanham no contexto de vida cotidiano?

Alcancei e alcançarei os meus intentos?

E o raiar dos dias e de cada primavera nos envolve com a renovação constante da vida latejando em nós e em tudo o que nos cerca. Assim como cada começo de estação, com suas nuances e humores, nos propõe situações sempre inéditas! Assim como, após o inverno de cada fugaz existência material, despertaremos num amanhã perene; na mesma continuidade pura e simples, cheia de atividades e surpresas, na qual tudo será exato!
 

Tudo será oportuno ao nosso aprendizado.

O Criador, perfeito e equânime na regência do equilíbrio estupendo do vasto Universo acima de nós, não erraria na mão justo na administração essencial de nossas pequenas vidas! Então, apesar e a despeito das dúvidas, dos temores, daquelas nossas ansiedades mais ocultas... não há porque não confiar, não esperar!

Há que se cultivar a fé - mas não somente por crença cega e pueril. E sim porque fatos concretos nos demonstram, a cada dia, a maestria do renascimento eterno de todos e de tudo, acima de todos os acontecimentos, sejam os melhores, sejam aqueles (de nossa ótica limitada para perceber o benefício prático de tudo) piores!
 

O que for... O que vier!

A Vida não erra a mão, meus caros leitores!

Se for para o bem, acontecerá!...